domingo, 21 dezembro, 2025

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IA e data centers: o custo ambiental da revolução tech

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Expansão da inteligência artificial exige água e energia em escala sem precedentes

A aceleração da inteligência artificial está gerando um desafio ambiental que vai além dos servidores: data centers consumem tanta energia que precisam de sistemas avançados de resfriamento, água fria em tubulações e ar-condicionado contínuo para funcionar. O problema é que esse consumo cresce exponencialmente conforme mais empresas de tech expandem suas operações.

Segundo reportagem do Jornal Nacional, o consumo energético desses centros é tão intenso que os chips esquentam demais durante o processamento. Christopher Wellise, vice-presidente de sustentabilidade da Equinix, explicou que remover esse calor exige infraestrutura pesada: além de ar-condicionado robusto, há sistemas de tubulações com água fria que circula pelos computadores e depois é descartada aquecida.

Números e impacto global

O Brasil está entre os países que mais usam inteligência artificial, conforme dados de janeiro de 2025. Meta, por exemplo, investirá até US$ 65 bilhões em centros de dados e IA em 2025 — um indicativo de como a indústria está apostando pesado nessa infraestrutura.

A questão ambiental ganhou ainda mais relevância durante a COP30. O presidente Lula destacou a importância da transferência de tecnologia e capacitação para adaptação aos efeitos da mudança climática, reconhecendo que a tecnologia é tanto parte da solução quanto do problema.

Energias renováveis em xeque

Empresas de tecnologia assinam contratos de longo prazo com fornecedoras de energia renovável para compensar o consumo. No entanto, há um obstáculo político: o governo Trump ordenou frear novos projetos de energia solar e eólica nos EUA, o que impacta diretamente a disponibilidade de fontes limpas que essas gigantes precisam para suas operações.

Enquanto isso, o Brasil se prepara para um aumento significativo em investimentos em tecnologia da informação em 2026, com empresas priorizando eficiência operacional e transformação digital — um movimento que também demandará energia e recursos hídricos.

Photo by Igor Omilaev on Unsplash

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