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Porta-aviões dos EUA no Caribe eleva tensão regional
O maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, chegou ao Mar do Caribe neste domingo (16), intensificando a pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela. A movimentação militar, que inclui destróieres e aeronaves de combate, foi anunciada pela Marinha americana como parte da operação “Lança do Sul”, voltada ao combate ao narcotráfico na região.
Detalhes da operação
O grupo de ataque do USS Gerald Ford cruzou a Passagem Anegada, próximo às Ilhas Virgens Britânicas, acompanhado pelos destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan e USS Bainbridge. Durante a operação, jatos de ataque e um bombardeiro B-52 Stratofortress sobrevoaram a frota, reforçando a presença militar norte-americana.
Segundo o almirante Alvin Holsey, comandante das Forças Armadas do Comando Sul dos EUA, a missão busca desarticular redes criminosas transnacionais. “Estamos prontos para enfrentar ameaças que buscam desestabilizar nossa região”, afirmou.
Impacto político e militar
A chegada do porta-aviões aumentou a tensão entre o governo dos EUA e o regime de Nicolás Maduro, acusado por Washington de liderar o chamado “Cartel de los Soles”. Especialistas apontam que, embora a missão oficial seja contra o narcotráfico, o envio do USS Gerald Ford é visto como um sinal de alerta para Caracas.
Desde setembro, ataques norte-americanos já deixaram ao menos 80 mortos em 20 investidas contra embarcações suspeitas de transportar drogas no Caribe e no Pacífico Leste.
Contexto internacional
A operação ocorre em meio a um cenário de instabilidade política e econômica na Venezuela, com críticas internacionais ao governo de Maduro por violações de direitos humanos e acusações de corrupção. A presença militar dos EUA no Caribe reforça o debate sobre a soberania nacional e a intervenção externa na América Latina.
Photo by Nik Shuliahin 💛💙 on Unsplash






