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Transição energética ganha força em Belém enquanto país busca financiamento global
A segunda semana da COP30, que acontece em Belém, marca uma virada de tom nas negociações climáticas. Após a primeira semana focada em apresentar projetos concretos, o Brasil agora entra na fase política para resolver os quatro pontos em aberto na agenda oficial da conferência.
A transição energética emergiu como pauta central dos debates do quinto dia do evento, sinalizado como estratégia para atrair capital externo para mercados emergentes, com destaque especial para a Amazônia. Segundo participantes das negociações, o país saiu da primeira semana “super motivado” para discutir descarbonização e industrialização sustentável.
Manifestações reforçam urgência climática
O sábado, 15 de novembro, foi marcado por mobilização popular intensa. A marcha global por justiça climática reuniu aproximadamente 30 mil pessoas pelas ruas de Belém, conforme informaram os organizadores do evento paralelo à conferência oficial.
Movimentos sociais, indígenas e juventude ocuparam as ruas em demonstração de que a sociedade civil brasileira acompanha de perto as discussões sobre clima. A capital paraense segue como sede do Brasil durante os próximos dias de conferência.
Agenda de financiamento em foco
Os principais temas abertos para resolução incluem agenda de financiamento, mercado de carbono e adaptação climática. A chegada de autoridades ministeriais está prevista para a segunda semana, sinalizando que as negociações entram em novo patamar de complexidade política.
O diálogo entre lideranças também avança. A conversa do presidente Lula com o presidente Trump ocorreu no sentido da negociação, assim como o encontro entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano Marco Rúbio, indicando esforços diplomáticos para destravar consensos.
Descarbonização como porta de entrada para investimentos
Para o Brasil, transformar a transição energética em oportunidade de negócios emerge como estratégia crítica. Discutir como de fato promover descarbonização e como atrair capital externo para a Amazônia representa o núcleo da proposta brasileira nesta fase das negociações.
A aposta do país em projetos concretos de industrialização sustentável busca demonstrar que o Brasil não apenas aguarda financiamento internacional, mas apresenta soluções viáveis para mercados emergentes enfrentarem a crise climática.
Photo by Zulfugar Karimov on Unsplash
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